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APRENDER VIVENDO
VIVÊNCIAS QUE TRANSFORMAM
Na APAE Sorocaba, acreditamos que a construção do conhecimento vai muito além das folhas de papel e do uso tradicional de lápis e cadernos. O trabalho pedagógico ganha potência quando se transforma em vivência, quando o aprendizado se dá no corpo, nas emoções e nas experiências concretas do dia a dia. É exatamente isso que norteia nossas práticas com os alunos: ensinar vivendo, sentir para aprender.
Recentemente, uma de nossas turmas mergulhou (literalmente!) em uma proposta pedagógica cujo tema central foi o
banho — e tudo o que ele representa em termos de cuidado, higiene pessoal e autonomia.
"— Entendo, que eles veem no intuito da brincadeira, e a gente vai conduzindo e instigando , pedindo para eles realizarem as coisas para dar função a atividade.'' - Comenta a Pedagoga
Geisa Soriano.
Essa experiência, embora aparentemente simples, envolve uma série de aprendizados essenciais para o desenvolvimento integral da criança. Diferente do modelo tradicional de ensino, centrado apenas na repetição e na abstração, a vivência promove a experimentação real e ativa do conteúdo. Na proposta do banho, por exemplo, os alunos puderam explorar o passo a passo dessa prática diária, reconhecendo cada item utilizado — sabonete, shampoo, toalha, escova de cabelo — e compreendendo a função de cada um deles.
Esse contato direto com os materiais e com a rotina do autocuidado desperta muito mais do que o entendimento prático: ativa memórias, desperta sensações, constrói vínculos afetivos com o tema e fortalece a identidade.
Falar sobre higiene pessoal na infância é fundamental, especialmente com crianças que estão em fase de construção de consciência corporal, noções de autocuidado e pertencimento. Quando o assunto é abordado de forma positiva e acessível dentro da escola, os impactos se estendem para além dos muros da instituição.
As crianças levam para casa os aprendizados adquiridos aqui. Passam a compreender a importância do banho, a função dos produtos de higiene, o porquê de manter o corpo limpo — e começam a aplicar esse conhecimento na sua rotina e a influenciar positivamente seus familiares.
Na Educação Especial, cada gesto, cada expressão e cada construção feita em grupo tem um significado que ultrapassa o ato em si. Trabalhar com propostas coletivas e artísticas não é apenas desenvolver atividades em conjunto — é fortalecer vínculos, despertar potencialidades e reconhecer que o saber se constrói na troca.
"— Eu penso que o processo de construção e experimentação, vivenciar é a coroação de todo o processo [...] eles brincaram, se você for ver os vídeo, poxa que delícia, eles se divertiram mesmo, se apropriaram daquilo." - comenta a Educadora Artística Edna Souza.
A arte, por sua sensibilidade, simbolismo e diferentes formas, permite que os alunos expressem sentimentos, ideias e narrativas que muitas vezes não cabem na linguagem verbal. Em contextos de Educação Especial, isso é ainda mais significativo: por meio da arte, barreiras comunicacionais são superadas, novas formas de expressão são descobertas e os vínculos afetivos se fortalecem.
Ações com murais coletivos, oficinas de criação, apresentações artísticas e criações de modo geral possibilitam o desenvolvimento de competências cognitivas, sociais e emocionais. E mais do que isso: promovem o protagonismo dos alunos, mostrando à comunidade escolar e ao público externo que a diferença não é limite — é potência.
(autor: José da Silva Junior (Junior Terra) e uso de ferramentas de inteligência artifical)


